Psicólogo Gratuito Belo Horizonte

Psicólogo Gratuito em Belo Horizonte

Os principais locais e vias para buscar atendimento psicológico gratuito ou a baixo custo (preço social) em Belo Horizonte são:

  1. Sistema Único de Saúde (SUS):

    • Centros de Saúde (Unidades Básicas de Saúde – UBS): São a porta de entrada. Procure o Centro de Saúde mais próximo da sua residência. Eles oferecem acolhimento e podem ter psicólogos na equipe ou encaminhar para serviços especializados. O site da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) geralmente disponibiliza a lista de endereços.
    • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Para casos mais complexos, transtornos mentais persistentes ou severos, e dependência química. BH possui diferentes tipos de CAPS (CAPS II, CAPS III, CAPS AD – Álcool e Drogas, CAPS i – Infantojuvenil). O acesso pode ser por encaminhamento do Centro de Saúde ou, em alguns casos, demanda espontânea. Exemplos incluem CAPS Pampulha, CAPS Centro-Sul, CAPS Noroeste, etc. A lista completa e endereços podem ser encontrados no site da PBH ou buscando por “CAPS Belo Horizonte endereços”.
    • Centros de Convivência: Espaços que promovem a socialização, cultura e cidadania para pessoas com sofrimento mental, complementando o tratamento nos CAPS e Centros de Saúde.
  2. Universidades (Clínicas-Escola): Muitas universidades com cursos de Psicologia oferecem atendimento à comunidade. Os atendimentos são feitos por estudantes dos últimos períodos, com supervisão de professores. Geralmente são gratuitos ou cobram uma taxa social simbólica. É necessário entrar em contato diretamente para verificar vagas, procedimentos de inscrição e se há custos.

    • UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais): Possui o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) e outros projetos de extensão. É preciso verificar diretamente com o Departamento de Psicologia da FAFICH.
    • PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais): Conta com Clínicas de Psicologia em diferentes campi (Coração Eucarístico, Betim, etc.). É um serviço tradicional e conhecido.
    • Centro Universitário Newton Paiva: Também oferece serviços à comunidade através de sua clínica-escola.
    • Centro Universitário UNA: Costuma ter programas de atendimento psicológico à comunidade.
    • Universidade FUMEC: Possui clínica-escola vinculada ao curso de Psicologia.
    • Outras instituições de ensino superior com curso de Psicologia também podem oferecer serviços similares.
  3. Organizações Não Governamentais (ONGs) e Instituições Filantrópicas:

    • Existem ONGs que podem oferecer apoio psicológico gratuito, muitas vezes voltado a públicos específicos (mulheres vítimas de violência, crianças, população LGBTQIA+, etc.). A pesquisa por ONGs específicas em BH pode revelar opções. Exemplos gerais que podem ter atuação em BH incluem CVV (Centro de Valorização da Vida – apoio emocional por telefone/chat), e outras instituições locais. A busca por “ONG apoio psicológico Belo Horizonte” pode ajudar.
  4. Centros de Referência da Assistência Social (CRAS e CREAS):

    • Vinculados à assistência social, podem oferecer acompanhamento psicossocial a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social ou violação de direitos. O psicólogo atua dentro de uma equipe multiprofissional. O foco não é a psicoterapia clínica tradicional de longa duração, mas o suporte dentro do contexto da assistência. Procure o CRAS de referência do seu território.

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LOCAIS DE ATENDIMENTO

  • Irajá

  • Cordovil

  • Penha

  • Vista Alegre

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LOCAIS DE ATENDIMENTO

  • Botafogo

  • Catete

  • Copacabana

  • Flamengo

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LOCAIS DE ATENDIMENTO

  • Freguesia de Jacarepaguá

  • Gardênia Azul

  • Benfica

  • Santo Cristo

Introdução: A Saúde Mental na Capital Mineira

Belo Horizonte, a vibrante capital de Minas Gerais, é uma metrópole pulsante, um caldeirão de culturas, oportunidades e, inevitavelmente, de desafios psicossociais. Como em qualquer grande centro urbano, a vida em BH impõe um ritmo acelerado, pressões econômicas, desigualdades sociais e uma complexa teia de relações que podem impactar significativamente a saúde mental de seus habitantes. A ansiedade, a depressão, o estresse crônico, os traumas e os diversos transtornos mentais não distinguem classe social, gênero ou idade, mas o acesso ao tratamento, infelizmente, ainda é marcado por profundas barreiras, sendo a financeira uma das mais significativas. A psicoterapia, ferramenta essencial para a elaboração de conflitos, autoconhecimento e tratamento de condições psicológicas, permanece fora do alcance de uma parcela considerável da população devido aos custos associados à prática privada.

Nesse cenário, a busca por “psicólogo gratuito em Belo Horizonte” não é apenas uma questão de economia, mas uma necessidade vital para milhares de cidadãos que compreendem a importância do cuidado com a mente, mas se veem impedidos de acessá-lo. Felizmente, a capital mineira, alinhada às políticas nacionais de saúde e assistência social e contando com a contribuição de suas instituições de ensino e da sociedade civil organizada, oferece uma rede de possibilidades para quem precisa de apoio psicológico sem custo ou a preços sociais acessíveis. Este texto se propõe a mapear esse panorama, explorando as principais vias de acesso, os serviços disponíveis, os desafios enfrentados tanto pelos usuários quanto pelo sistema, e a importância fundamental de democratizar o cuidado em saúde mental na cidade. Desvendar esses caminhos é um passo crucial para garantir que o bem-estar psicológico deixe de ser um privilégio e se torne um direito efetivamente exercido por todos os belo-horizontinos.

I. A Urgência do Cuidado Psicológico: Para Além do Indivíduo

Antes de adentrar nos serviços específicos disponíveis em Belo Horizonte, é imperativo reforçar a importância transcendental do cuidado em saúde mental. Frequentemente relegada a segundo plano ou cercada por estigmas, a saúde psicológica é a base sobre a qual se constrói uma vida funcional, produtiva e satisfatória. Problemas de saúde mental não tratados não afetam apenas o indivíduo, gerando sofrimento, incapacidade e redução da qualidade de vida, mas também reverberam em suas famílias, comunidades e na sociedade como um todo.

Os impactos são multifacetados: aumento dos custos com saúde geral devido à somatização e comorbidades; absenteísmo e presenteísmo no trabalho, reduzindo a produtividade econômica; sobrecarga dos sistemas de assistência social e segurança pública; desestruturação de laços familiares e sociais; e, em casos extremos, ideação suicida e suicídio. Em uma cidade densamente povoada como Belo Horizonte, onde as pressões urbanas se somam às vulnerabilidades individuais, negligenciar a saúde mental da população é criar um terreno fértil para a cronificação do sofrimento e a intensificação de problemas sociais complexos.

Por outro lado, o acesso ao acompanhamento psicológico oferece um espaço seguro para a expressão de angústias, a ressignificação de experiências traumáticas, o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento (coping), o fortalecimento da autoestima e a promoção do autoconhecimento. A psicoterapia, em suas diversas abordagens, auxilia na gestão de emoções, na melhoria das relações interpessoais e no tratamento eficaz de transtornos como depressão, ansiedade, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtornos alimentares, dependência química, entre outros. Investir em saúde mental, portanto, não é apenas um ato de cuidado individual, mas uma política pública essencial para a construção de uma sociedade mais saudável, resiliente e justa. A oferta de serviços gratuitos ou acessíveis em BH representa um reconhecimento dessa urgência e um passo fundamental na direção da equidade em saúde.

II. O SUS como Pilar Central: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em BH

O Sistema Único de Saúde (SUS) é, sem dúvida, o principal provedor de serviços de saúde mental gratuitos para a população brasileira, e em Belo Horizonte não é diferente. A política de saúde mental no SUS é estruturada pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que visa substituir o antigo modelo hospitalocêntrico por uma rede de serviços comunitários, territoriais e integrados, promovendo a reabilitação psicossocial e a inclusão social.

  • A Porta de Entrada: Centros de Saúde (UBS): Para a maioria dos cidadãos, o primeiro contato com a rede de saúde mental do SUS deve ser o Centro de Saúde (Unidade Básica de Saúde – UBS) de referência de seu território. Essas unidades são a base da Atenção Primária à Saúde e desempenham um papel crucial no acolhimento inicial, identificação de necessidades, manejo de casos leves a moderados e encaminhamento para serviços especializados quando necessário. Muitas equipes dos Centros de Saúde contam com profissionais de saúde mental, incluindo psicólogos, que podem realizar avaliações, orientações e, em alguns casos, acompanhamentos breves. Mesmo que a unidade não disponha de um psicólogo em tempo integral, a equipe está capacitada para realizar o primeiro acolhimento e direcionar o usuário dentro da RAPS. A capilaridade dos Centros de Saúde, distribuídos por todas as regionais de BH, torna-os o ponto mais acessível para iniciar a busca por ajuda.

  • A Atenção Especializada: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Para casos que exigem um cuidado mais intensivo e especializado – como transtornos mentais severos e persistentes (esquizofrenia, transtorno bipolar, etc.), crises agudas, e problemas relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas – Belo Horizonte conta com uma rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Essas unidades funcionam em regime de porta aberta (embora o fluxo ideal seja via Centro de Saúde) e oferecem um cuidado multidisciplinar, com equipes compostas por psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e outros profissionais.

    • Tipos de CAPS em BH: A cidade dispõe de diferentes modalidades de CAPS para atender a públicos e necessidades diversas:
      • CAPS II: Para atendimento diário a adultos com transtornos mentais severos e persistentes.
      • CAPS III: Funcionamento 24 horas, incluindo acolhimento noturno e leitos de curta permanência para momentos de crise intensa.
      • CAPS ad: Especializados no atendimento a pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Alguns funcionam 24 horas (CAPS ad III).
      • CAPS i: Voltados para o atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais.
    • Funcionamento: O trabalho nos CAPS é pautado na construção de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) para cada usuário, envolvendo atendimentos individuais (psicoterapia, consulta médica), grupos terapêuticos, oficinas, atividades comunitárias, visitas domiciliares e apoio à família. O objetivo é promover a estabilização do quadro clínico, a reabilitação psicossocial e a reinserção do indivíduo em seu meio social. Unidades específicas como CAPS Pampulha, CAPS Centro-Sul, CAPS Venda Nova, entre outros, atendem a territórios definidos, buscando um cuidado próximo da realidade do usuário.
  • Outros Componentes da RAPS: Além dos Centros de Saúde e CAPS, a RAPS em BH inclui os Centros de Convivência, que são espaços importantes de socialização e expressão cultural, e os leitos de saúde mental em hospitais gerais para internações curtas quando necessárias, sempre articulados com os CAPS.

  • Desafios do SUS: Apesar da robustez conceitual da RAPS, o SUS enfrenta desafios crônicos que impactam a oferta de serviços em BH. O subfinanciamento, a falta de profissionais em algumas áreas, a sobrecarga das equipes e, principalmente, as longas filas de espera para atendimento especializado (incluindo psicoterapia nos Centros de Saúde ou CAPS) são realidades enfrentadas pelos usuários. A alta demanda por serviços de saúde mental, intensificada por crises sociais e econômicas, pressiona a capacidade de resposta da rede pública.

III. A Contribuição Acadêmica: Clínicas-Escola das Universidades

Paralelamente ao SUS, as instituições de ensino superior com cursos de Psicologia em Belo Horizonte desempenham um papel social relevante ao oferecerem atendimento psicológico à comunidade por meio de suas clínicas-escola ou Serviços de Psicologia Aplicada (SPA). Essas clínicas cumprem uma dupla função: proporcionar um campo de estágio supervisionado essencial para a formação prática dos futuros psicólogos e oferecer um serviço acessível (gratuito ou a baixo custo) à população.

  • Modelo de Atendimento: Os atendimentos são realizados por estudantes dos últimos períodos do curso de Psicologia, sob a supervisão direta e constante de professores experientes, que são psicólogos e psicanalistas com registro profissional ativo. Essa supervisão garante a qualidade e a ética dos atendimentos, seguindo os preceitos do Código de Ética Profissional do Psicólogo. As abordagens terapêuticas oferecidas podem variar conforme a linha teórica predominante na instituição (psicanálise, terapia cognitivo-comportamental, gestalt-terapia, humanista, etc.).

  • Principais Instituições em BH: Diversas universidades e centros universitários em Belo Horizonte mantêm essas clínicas, tornando-as uma opção importante para quem busca terapia. Entre as mais conhecidas estão:

    • UFMG: Tradicionalmente oferece serviços através do SPA e projetos de extensão vinculados ao Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH).
    • PUC Minas: Possui clínicas bem estruturadas em seus campi, como no Coração Eucarístico, oferecendo psicoterapia individual, de grupo, infantil, entre outras modalidades.
    • Centro Universitário Newton Paiva, Centro Universitário UNA, Universidade FUMEC: Também são instituições reconhecidas que mantêm serviços de atendimento psicológico à comunidade, vinculados aos seus cursos de graduação.
  • Acesso e Funcionamento: O acesso às clínicas-escola geralmente se dá por meio de inscrição prévia, realizada diretamente na instituição (por telefone ou presencialmente). É comum haver um processo de triagem inicial para avaliar a demanda do paciente e verificar se ela se encaixa no escopo de atendimento da clínica e nas possibilidades de aprendizado dos estudantes. Assim como no SUS, a demanda por esses serviços costuma ser alta, resultando em filas de espera. Os atendimentos podem ser gratuitos ou, mais frequentemente, é cobrada uma taxa social simbólica, calculada com base na renda do paciente ou familiar, visando cobrir custos mínimos de manutenção do serviço.

  • Vantagens e Considerações: A principal vantagem é o acesso a um serviço de qualidade a custo muito baixo ou zero. Além disso, os usuários contribuem para a formação de novos profissionais. Uma consideração importante é que o terapeuta será um estudante, embora sempre supervisionado. Pode haver rotatividade de terapeutas ao final de cada semestre ou ano letivo, o que pode ser um fator a ser considerado no processo terapêutico.

IV. O Papel Complementar: ONGs, Projetos Sociais e Assistência Social

Além da rede pública e das universidades, o cenário de atendimento psicológico acessível em Belo Horizonte é complementado por iniciativas da sociedade civil organizada e pela interface com a política de assistência social.

  • ONGs e Instituições Filantrópicas: Diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) e projetos sociais atuam na cidade oferecendo apoio psicológico gratuito ou a baixo custo. Muitas vezes, essas iniciativas são focadas em públicos específicos ou demandas particulares, como:

    • Apoio a mulheres vítimas de violência doméstica e sexual.
    • Atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco.
    • Suporte a pessoas LGBTQIA+.
    • Grupos de apoio para enlutados.
    • Atenção a populações vulnerabilizadas específicas. Identificar essas ONGs pode exigir uma pesquisa mais direcionada, buscando por temas específicos associados ao apoio psicológico em BH. O Centro de Valorização da Vida (CVV), embora não ofereça psicoterapia, presta um serviço essencial de apoio emocional sigiloso e gratuito por telefone (188), chat ou email, 24 horas por dia, sendo um recurso importante para momentos de crise aguda.
  • CRAS e CREAS: Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) são equipamentos da política de assistência social, não especificamente de saúde mental. No entanto, suas equipes multiprofissionais frequentemente incluem psicólogos. O trabalho do psicólogo no CRAS está mais voltado para a prevenção de situações de vulnerabilidade e risco social, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e o desenvolvimento de potencialidades. No CREAS, o foco é o atendimento a famílias e indivíduos que tiveram seus direitos violados (violência física, psicológica, sexual, negligência, etc.). O acompanhamento psicológico nesses centros está inserido no contexto mais amplo do acompanhamento psicossocial, visando a superação da situação de vulnerabilidade ou violência, e não necessariamente a psicoterapia clínica de longo prazo para tratar transtornos mentais específicos, embora possa ser um ponto de apoio e encaminhamento importante. O acesso se dá procurando o CRAS de referência do território.

  • Desafios do Terceiro Sector: As ONGs e projetos sociais desempenham um papel crucial ao preencher lacunas deixadas pelo poder público, muitas vezes com abordagens inovadoras e foco em populações negligenciadas. Contudo, frequentemente enfrentam desafios relacionados à sustentabilidade financeira, dependendo de doações e editais, o que pode limitar sua capacidade de atendimento e a continuidade dos serviços.

V. Navegando pelo Sistema: Persistência e Informação

Diante das diversas opções, encontrar e acessar o serviço de psicologia gratuita em Belo Horizonte pode exigir do usuário informação, paciência e persistência.

  • Primeiros Passos: A recomendação geral é iniciar a busca pelo Centro de Saúde (UBS) mais próximo, pois ele é a porta de entrada do SUS e pode oferecer o primeiro acolhimento e direcionamento. Paralelamente, pode-se pesquisar e contatar as clínicas-escola das universidades para verificar seus processos de inscrição e listas de espera. Buscar informações nos sites da Prefeitura de Belo Horizonte (Secretaria Municipal de Saúde e de Assistência Social) e das próprias universidades é fundamental.

  • Gerenciando Expectativas: A Realidade das Filas: É crucial estar ciente de que a demanda por atendimento psicológico gratuito é significativamente maior que a oferta na maioria dos serviços. Filas de espera são comuns e podem ser longas. É importante não encarar a espera como uma barreira intransponível, mas como uma etapa do processo. Manter o contato com o serviço, atualizar o cadastro e buscar alternativas enquanto aguarda (como grupos de apoio ou recursos online) pode ser útil.

  • Autocuidado e Rede de Apoio: Enquanto aguarda o atendimento formal, buscar outras formas de autocuidado (atividade física, hobbies, técnicas de relaxamento) e fortalecer a rede de apoio pessoal (amigos, família, grupos comunitários) pode ajudar a lidar com o sofrimento emocional.

  • Quebrando o Estigma: Além das barreiras estruturais, o estigma associado à busca por ajuda psicológica ainda é um obstáculo. É fundamental normalizar o cuidado com a saúde mental, entendendo que buscar um psicólogo é um sinal de força e autoconsciência, não de fraqueza. Falar abertamente sobre o tema e encorajar outras pessoas a buscar ajuda contribui para um ambiente mais acolhedor.

Um Caminho Possível para o Bem-Estar em BH

Belo Horizonte, com seus desafios e potencialidades, oferece um leque de opções para quem necessita de atendimento psicológico gratuito ou acessível. A Rede de Atenção Psicossocial do SUS, com seus Centros de Saúde e CAPS, forma a espinha dorsal desse sistema. As clínicas-escola das universidades surgem como importantes aliadas, oferecendo serviços de qualidade e contribuindo para a formação profissional. ONGs, projetos sociais e a interface com a assistência social complementam essa rede, buscando alcançar diferentes públicos e demandas.

Embora os desafios como subfinanciamento, filas de espera e estigma persistam, é inegável que existem caminhos. A informação correta, a persistência na busca e a compreensão de que cuidar da saúde mental é um direito fundamental são essenciais para navegar nesse sistema. Quebrar o silêncio sobre o sofrimento psíquico e fortalecer as políticas públicas e iniciativas que democratizam o acesso ao cuidado psicológico são tarefas contínuas e coletivas. Para cada belo-horizontino que busca alívio para suas angústias, saber que existem portas abertas – mesmo que exijam paciência para serem atravessadas – é um sinal de esperança e um convite para iniciar a jornada rumo ao bem-estar emocional e a uma vida mais plena na capital mineira. A busca por ajuda é o primeiro e mais corajoso passo.

Resultados da Pesquisa: Locais com Atendimento Psicológico Gratuito ou Social em Belo Horizonte

Com base na pesquisa realizada, diversos locais e tipos de serviços oferecem atendimento psicológico gratuito ou a custo social em Belo Horizonte. É fundamental ressaltar que as informações sobre vagas, horários, custos exatos (se gratuito ou taxa social) e procedimentos de agendamento podem mudar. Recomenda-se entrar em contato diretamente com as instituições para obter os dados mais atualizados.

1. Sistema Único de Saúde (SUS) – Rede de Atenção Psicossocial (RAPS):

  • Porta de Entrada: Geralmente as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do seu bairro. Elas podem oferecer acolhimento inicial e encaminhamento.
  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) / CERSAM (Centro de Referência em Saúde Mental) em BH: Oferecem atendimento especializado para casos moderados a graves. Alguns exemplos encontrados:
    • CERSAM Pampulha: Rua do Mel, 77, Santa Branca. Contatos: (31) 3277-7918 / 3277-7934.
    • CERSAM AD Pampulha (Álcool e Drogas): Rua Lugúria, 70, Bandeirantes. Contatos: (31) 3277-1574 / 3277-1575.
    • CERSAMI Noroeste (Infanto-Juvenil): Rua Camarugi, 10, Padre Eustáquio. Contato: (31) 3277-9279.
    • CERSAM Leste: Rua Pirite, 150, Santa Tereza. Contatos: (31) 3277-5756 / 3277-5743.
    • CERSAM AD Centro-Sul CMT (Álcool e Drogas): Alameda Ezequiel Dias, 365, Santa Efigênia. Contato: (31) 3217-9000.
    • CERSAMI Centro-Sul CPAI (Infanto-Juvenil): Rua Padre Marinho, 150, Santa Efigênia. Contato: (31) 3235-3000.
    • Obs: Para atendimentos de urgência fora do horário comercial (19h-7h), procurar SAMU ou UPAs referenciadas.

2. Clínicas-Escola de Universidades e Faculdades: Oferecem atendimento realizado por estudantes dos últimos períodos, sob supervisão de professores. Geralmente gratuito ou com taxa social simbólica.

  • UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais):
    • Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) – FAFICH: Av. Pres. Antônio Carlos, 6627, Pampulha, Prédio FAFICH, 2° andar, sala 2062. E-mail: spa@fafich.ufmg.br, Telefone: (31) 3409-5070.
    • Plantão Psicológico: Atendimento gratuito, verificar horários e local atualizados (mencionado sala 2066 na FAFICH, Quintas 11h30-14h30, mas verificar via Instagram @plantaopsicologicoufmg).
  • PUC Minas:
    • Clínica de Psicologia – São Gabriel: Verificar contato e endereço diretamente com a unidade.
    • Clínica de Psicologia – Coração Eucarístico: Verificar contato e endereço diretamente com a unidade.
  • Faculdade Universo – BH: Rua Paru, 762, Nova Floresta. Telefone: (31) 2138-9052. E-mail: nucleopsicologiaaplicada@gmail.com. Oferece psicoterapia (adulto, infantil, idoso), plantão psicológico, avaliação, psicodiagnóstico.
  • Faculdade Arnaldo: Rua Timbiras, 536, Funcionários. Contato: (31) 3524-5105. Atende crianças, adolescentes e adultos (psicoterapia, psicodiagnóstico). Outro endereço/contato listado: Rua Guajajaras, 175, Centro. Telefone: (31) 3508-9139 (Confirmar qual é o correto/atual).
  • FUMEC: Serviço de Psicologia / Clínica-escola. Rua Cobre, 200, Cruzeiro. Verificar contato no site www.fumec.br/servicos/sociedade/servico-de-psicologia. Menciona atendimento gratuito por alunos do último ano.
  • Newton Paiva: Clínica-Escola de Psicologia (Região Oeste). Verificar contato e endereço diretamente com a instituição.
  • UNI-BH: Clínica-Escola (Unidade Buritis). Rua Líbero Leone 259, Bloco C2. Telefones: (31) 3319-9345 / 3319-9509.
  • UNA: Oferece atendimentos gratuitos em diversas áreas, incluindo Psicologia.
    • Unidade Vila Clóris: Av. Cristiano Machado, nº 11.157. Contato: (31) 9 9192-4104.
    • Unidade Lourdes: Rua dos Aimorés, nº 1.451A. Verificar agendamento no site da UNA.
  • FAMINAS-BH: Clínica-Escola oferece Psicologia (Acolhimento, Psicoterapia, Plantão Psicológico). Av. Cristiano Machado, 12.001, Vila Clóris. Contato para agendamento de Psicologia: (31) 2126-3193.
  • UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais): Oferece atendimento gratuito via SePsi (Serviço Escola de Psicologia), principalmente na unidade de Divinópolis (Contato WhatsApp (37) 3229-3589), mas também menciona apoio à comunidade acadêmica do Campus BH via CENPA (Centro de Psicologia Aplicada) – E-mail: psicologianae.reitoria@uemg.br.

3. Organizações Não Governamentais (ONGs) e Projetos Sociais:

  • Abrigo da Luz: Mantém equipe de psicólogos para atendimento gratuito a pessoas carentes. Cadastro às terças-feiras, 13:30. Verificar endereço e confirmar procedimento no site abrigodaluz.org.br.
  • Rede Abraço: Focada em dependência química e vulnerabilidade. Possui projetos sociais em BH. Contato geral: (31) 98204-1318 / 3225-2700. Site: redeabraco.ong.br.
  • Casa de Maria: Focada em pessoas com doenças raras e suas famílias. Oferece atendimento integrado, incluindo psicologia. Contato: (31) 3646-2800. Site: https://www.google.com/search?q=casademariamg.com.br.
  • Mãos de Assis: Atua com igualdade social, saúde, educação. Pode oferecer suporte ou encaminhamento. Av. Prudente de Morais, 755, Santo Antônio. Site: maosdeassis.org. Instagram: @maos_de_assis.

4. Centros de Referência de Assistência Social (CRAS):

  • Parte do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O foco é o acompanhamento de famílias em vulnerabilidade social.
  • Muitos CRAS possuem psicólogos em suas equipes para realizar acolhimento, orientação e acompanhamento psicossocial, ligados a programas como o PAIF (Proteção e Atendimento Integral à Família).
  • Exemplo: CRAS Vila Apolonia (Rua Visconde de Itaboraí, 304, Jardim Leblon. Contato: (31) 3277-1816. E-mail: cras.apolonia@pbh.gov.br) confirma ter psicólogos na equipe.