Psicólogo Gratuito em Goiania

Psicólogo Gratuito em Goiania

Encontrar apoio psicológico acessível é fundamental. Segue uma lista de locais em Goiânia (GO) que oferecem atendimento psicológico gratuito ou a custos sociais, com seus respectivos endereços e telefones.

É importante ressaltar que a disponibilidade de vagas pode variar, e muitos serviços exigem um cadastro prévio ou triagem. Recomendo entrar em contato diretamente com as instituições para obter informações atualizadas.

Universidades (Clínicas-Escola de Psicologia):

  • Clínica Escola de Psicologia da PUC Goiás (CEPSI):

    • Endereço: Rua 232, Nº 128, 2º Andar, Área V da PUC Goiás, Setor Leste Universitário, Goiânia/GO, CEP 74605-140.
    • Telefone: (62) 3946-1198 / 3946-1249.
    • E-mail: cepsi@pucgoias.edu.br
    • Observações: Oferece atendimento psicológico individual e em grupo. Funciona de segunda a sexta-feira, das 07h00 às 12h00 e das 13h às 22h00; sábado das 08h00 às 12h00.
  • Clínica de Psicologia da UFG (Universidade Federal de Goiás) – Centro de Psicologia:

    • Endereço (Campus Samambaia): Av. Esperança, s/n – Chácaras Califórnia, Goiânia – GO, 74690-900.
    • Telefone (Campus Samambaia): (62) 3521-1054.
    • Endereço (Setor Universitário): Rua Delenda Rezende s/n – Secretaria do Curso de Psicologia, Sala 115, Faculdade de Educação, Setor Universitário. (Outra fonte menciona Rua 235, 575 – Setor Leste Universitário).
    • Telefone (Setor Universitário): (62) 3209-6208 / (62) 3209-6898.
    • Observações: Oferece diversos atendimentos à população. O cadastro geralmente é feito diretamente na clínica.
  • Clínica-Escola UNIALFA (Centro Universitário Alves Faria):

    • Endereço: Avenida Perimetral Norte, nº 4.129, Vila João Vaz, Goiânia-GO, CEP: 74445-190.
    • Telefone: (62) 3272-5089.
    • Observações: Atendimento agendado por telefone. Funciona de segunda a sexta-feira (14h às 19h) e aos sábados (08h às 13h).
  • Núcleo de Psicologia Aplicada da UNIVERSO:

    • Endereço: Avenida Cora Coralina, Quadra F 25 Lote 40 – Setor Sul, 4º andar, Bloco A, Goiânia – GO.
    • Telefone: (62) 3238-3719.
    • E-mail: npauniversogoiania@gmail.com
    • Observações: Oferece psicoterapia individual e em grupo para crianças, adolescentes e adultos. Atendimento de segunda a sexta, das 08h às 21h.
  • Clínica de Psicologia UNIP Goiânia (CPA – Centro de Psicologia Aplicada):

    • Endereço: BR-153 – s/n – Áreas 01-05 – Km 503 – Bloco D2 – Fazenda Botafogo, Goiânia – GO.
    • Telefone: (62) 3239-4017.
    • Observações: Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e sábado das 8h às 11h. Agendamento de horário pelo telefone e triagem pessoalmente.
  • Serviço de Psicologia Aplicada da Faculdade Estácio:

    • Endereço: Rua 67 A, nº 140, Setor Norte Ferroviário, Goiânia – GO, CEP 74055-190.
    • Telefone: (62) 3601-4934.
    • Observações: Atendimento de segunda à sexta, das 8h às 21h, e sábados, das 8h às 16h. Inscrições pelo telefone.

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – Prefeitura de Goiânia: Os CAPS são serviços especializados do SUS, com “porta aberta” para acolhimento. A rede é extensa e dividida por especialidades. É importante verificar o CAPS de referência para seu bairro ou necessidade.

  • CAPS AD III (Álcool e Drogas):

    • Endereço: Rua 227, Quadra 68, Lote 17, Setor Leste Universitário, Goiânia – GO, 74605-080.
    • Telefone: (62) 3201-4917.
  • CAPS Esperança (Adultos com transtornos mentais):

    • Endereço: Rua Serra dos Órgãos, QD. 48 l, Lt. 33 e 34, Jardim Petrópolis, Goiânia – GO, CEP: 74460-250.
    • Telefone: (62) 3597-2214 / 3597-5040.
    • E-mail: capsesperanca@sms.goiania.go.gov.br
    • Horário: Segunda a sexta, das 07:00 às 18:00.
  • CAPS Beija Flor (Adultos com transtornos mentais):

    • Endereço: Alameda Presidente Baldomir Chácara 7 – Setor Jardim Presidente, Goiânia – GO.
    • Telefone: (62) 3290-7665 / 3524-1646.
    • E-mail: capsbeijaflor01@gmail.com
    • Horário: Segunda a sexta, das 07:00 às 19:00.
  • CAPS III – Novo Mundo (Adultos com transtornos mentais, funcionamento 24h):

    • Endereço: Avenida Manchester N°2000 Chácara 02- Jardim Novo Mundo, Goiânia – GO, CEP: 74703-000.
    • Telefone: (62) 3524-1804 / 3524-1802.
    • E-mail: capsnovomundo@sms.goiania.go.gov.br
  • CAPSi Água Viva (Infantojuvenil):

    • Endereço: Rua C 88 QD. 164 LT. 14 – Setor Sudoeste, Goiânia – GO, CEP: 74303-220.
    • Telefone: (62) 3202-5680 / 3524-8131 / 3524-8202.
    • E-mail: capsaguaviva@gmail.com
    • Horário: Segunda a sexta, das 07:00 às 19:00. Atende crianças e adolescentes com transtornos mentais, vítimas de violência e uso de álcool e outras drogas.
  • CAPSi Cativar (Infantojuvenil):

    • Endereço: Rua 242, esquina 260, Qd 42, Lt 958 – Setor Universitário, Goiânia – GO, CEP: 74603-190.
    • Telefone: (62) 99618-1817.
    • E-mail: capsicativar@gmail.com
  • Outros CAPS (consultar lista da Prefeitura para o mais próximo): Goiânia possui uma rede ampla de CAPS, incluindo o CAPS Casa (Setor Sul), CAPS Negrão de Lima, CAPS Noroeste (Vila Mutirão), CAPS Vida (St. Marista), entre outros. A lista completa com endereços e telefones atualizados pode ser encontrada no site da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia.

Outras Instituições e Serviços:

  • Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc:

    • Endereço: Avenida C 107 n° 3642 Jardim América, Goiânia – GO, CEP: 74205-095. (Outra fonte cita Av. C 107 Q 310, 3333).
    • Telefone: (62) 3524-7612 / 3524-7611 / (62) 3524-7607.
    • E-mail: wassilychuc@sms.goiania.go.gov.br
    • Observações: Atendimento 24 horas para situações de crise.
  • Ambulatório Municipal de Psiquiatria:

    • Endereço: Rua C2 Esquina com rua C1, QD.168 LT. 542 N°162- Jardim América, Goiânia – GO, CEP: 74265-020.
    • Telefone: (62) 3524-1690 / 3524-1694.
    • E-mail: ambpsiquiatria@sms.goiania.go.gov.br
    • Observações: Atende adultos com transtornos mentais leves, com agendamento através da regulação da SMS de Goiânia. Horário: Segunda a sexta, das 07:00 às 19:00.
  • Centro de Convivência Cuca Fresca:

    • Endereço: Rua C-02 esquina com C01 Quadra 168 Lote 542 Jardim América, Goiânia – GO.
    • Telefone: (62) 3524-1066 / (62) 3524-1693.
    • E-mail: cccucafresca@gmail.com
    • Observações: Dispositivo público voltado à ampliação da sociabilidade e produção e intervenção. Horário: Segunda a sexta, das 07:00 às 19:00 (ou 08:00 às 18:00, confirmar).
  • Centro de Valorização da Vida (CVV):

    • Telefone: 188 (ligação gratuita, 24 horas).
    • Observações: Oferece apoio emocional e prevenção do suicídio.
  • Instituto Federal de Goiás (IFG) – Rede de Apoio:

    • Endereço: Av. Assis Chateaubriand, 16 – St. Oeste, Goiânia – GO, 74130-010.
    • Telefone: (62) 3227-3000.
    • Observações: Oferece atendimento psicológico online gratuito para estudantes e servidores do IFG e pode realizar encaminhamentos para a comunidade em geral.

Importante:

  • Confirmação: Devido à possibilidade de alterações, sempre confirme os endereços, telefones e horários de funcionamento antes de se dirigir ao local.
  • Triagem/Agendamento: A maioria dos serviços gratuitos requer um processo de triagem ou agendamento prévio. Informe-se sobre os procedimentos.
  • Vagas: A demanda por atendimento psicológico gratuito é alta, e pode haver fila de espera em alguns serviços.
  • Unidades Básicas de Saúde (UBS): Podem ser a porta de entrada para a rede de saúde mental do SUS, realizando o primeiro acolhimento e encaminhamento, se necessário.

Espero que esta lista seja útil!

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LOCAIS DE ATENDIMENTO

  • Irajá

  • Cordovil

  • Penha

  • Vista Alegre

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LOCAIS DE ATENDIMENTO

  • Botafogo

  • Catete

  • Copacabana

  • Flamengo

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LOCAIS DE ATENDIMENTO

  • Freguesia de Jacarepaguá

  • Gardênia Azul

  • Benfica

  • Santo Cristo

Goiânia: A Esmeralda do Cerrado Entre o Legado Art Déco e os Horizontes da Saúde Mental

Goiânia, a capital do estado de Goiás, ergue-se no coração do Planalto Central brasileiro como uma cidade singular, nascida do planejamento e impulsionada por um espírito desenvolvimentista. Concebida na década de 1930 como parte da “Marcha para o Oeste” do governo Getúlio Vargas, a cidade é um testemunho vivo do modernismo brasileiro, ostentando um dos mais significativos acervos arquitetônicos em Art Déco do país. Conhecida como a “Capital Verde” pela impressionante quantidade de parques e áreas arborizadas, e como um dos berços da música sertaneja contemporânea, Goiânia, com seus mais de 1,4 milhão de habitantes (estimativa IBGE), é uma metrópole vibrante que mescla a tranquilidade de seus espaços verdes com o dinamismo de um polo econômico e cultural. No entanto, como toda grande cidade, enfrenta os desafios da urbanização acelerada, das desigualdades sociais e da crescente demanda por cuidados com a saúde mental de sua população. Este texto propõe uma imersão na identidade goianiense, explorando sua história, seu patrimônio e sua cultura, para então se aprofundar no panorama da saúde mental na cidade, seus avanços, obstáculos e as perspectivas para um futuro onde o bem-estar psíquico seja tão valorizado quanto seus parques e avenidas planejadas.

Goiânia: Do Sonho Planejado à Efervescência Cultural no Cerrado

A fundação de Goiânia, em 24 de outubro de 1933, com o lançamento da pedra fundamental por Pedro Ludovico Teixeira, interventor federal em Goiás, marcou um novo capítulo na história do estado e do Brasil Central. A decisão de transferir a capital da antiga Vila Boa (atual Cidade de Goiás) para uma nova localidade, planejada e moderna, visava impulsionar o desenvolvimento econômico e a integração da região ao restante do país. O urbanista Attilio Corrêa Lima e, posteriormente, os arquitetos Armando de Godoy e Jerônimo Coimbra Bueno, foram os responsáveis pelo traçado original, caracterizado por avenidas largas, praças radiais e um zoneamento funcional, com forte influência dos princípios do urbanismo moderno e do estilo Art Déco.

O Art Déco é, sem dúvida, um dos maiores patrimônios de Goiânia. Edificações como o Teatro Goiânia, o Palácio das Esmeraldas (sede do governo estadual), a antiga Estação Ferroviária, o Grande Hotel e o Trampolim do Lago das Rosas são exemplos notáveis desse estilo, que se manifesta nas formas geométricas, nos detalhes ornamentais e na imponência das construções. Esse acervo, reconhecido pelo IPHAN, confere à cidade uma identidade visual única e um charme particular.

A alcunha de “Capital Verde” não é por acaso. Goiânia se destaca pela profusão de parques e áreas de lazer que oferecem refúgio e contato com a natureza em meio à malha urbana. O Bosque dos Buritis, com seus lagos e o Museu de Arte de Goiânia (MAG); o Parque Vaca Brava, um cartão-postal no nobre Setor Bueno; o Parque Flamboyant, com sua vasta área verde e opções de lazer; o Jardim Botânico; e o Parque Areião são apenas alguns exemplos que contribuem significativamente para a qualidade de vida dos goianienses e para a amenização do clima quente e seco do Cerrado.

A cultura goianiense é um espelho da alma do Brasil Central, com forte influência da vida rural, da pecuária e das tradições sertanejas. Goiânia é reconhecida nacionalmente como um dos principais polos da música sertaneja, revelando e projetando inúmeros artistas do gênero. Mas a cultura local vai além: as feiras populares, como a Feira Hippie (uma das maiores da América Latina), a Feira da Lua e a Feira do Sol, são espaços vibrantes de comércio de artesanato, vestuário, antiguidades e, claro, da rica culinária goiana. Pratos como o arroz com pequi (fruto símbolo do Cerrado), a galinhada, o empadão goiano, a pamonha, o curau, a chica doida e a guariroba são iguarias que revelam a autenticidade e os sabores da terra. O artesanato em cerâmica, madeira e fibras também expressa a identidade regional.

Economicamente, Goiânia se consolidou como um importante centro de comércio, serviços, indústria (especialmente confecções) e como um polo de saúde, atraindo pacientes de diversas regiões. O agronegócio, motor da economia goiana, tem um impacto significativo na dinâmica da capital, que funciona como centro administrativo e logístico.

Um capítulo indelével e trágico na história de Goiânia é o acidente com o Césio-137, ocorrido em setembro de 1987. A violação de uma cápsula de radioterapia abandonada resultou na contaminação de centenas de pessoas e em um dos maiores acidentes radiológicos do mundo ocorridos fora de usinas nucleares. Esse evento marcou profundamente a cidade, gerando traumas, estigmas, mas também um legado de pesquisa científica, protocolos de segurança e uma memória coletiva de dor e resiliência. A superação desse episódio e o cuidado contínuo com as vítimas e o meio ambiente são testemunhos da força do povo goianiense.

Saúde Mental em Goiânia: Desafios e Avanços no Coração do Brasil

A saúde mental da população goianiense, assim como em outras metrópoles brasileiras, tem se tornado uma pauta cada vez mais premente. O ritmo acelerado da vida urbana, as pressões socioeconômicas, os desafios de mobilidade, a violência e as particularidades da cultura local influenciam o bem-estar psíquico dos cidadãos, demandando uma rede de cuidados robusta e acessível.

A Estrutura da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) Goianiense:

Goiânia conta com uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estruturada para oferecer cuidado em saúde mental através do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando um modelo comunitário e desinstitucionalizante. Essa rede é composta por:

  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): São unidades especializadas que oferecem atendimento a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, e àquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Goiânia possui diversas modalidades de CAPS, incluindo:

    • CAPS AD III (Álcool e Drogas): Com funcionamento 24 horas para acolhimento integral.
    • CAPS III (como o CAPS Novo Mundo): Para adultos com transtornos mentais severos, também com funcionamento 24 horas.
    • CAPS II (como o CAPS Esperança e o CAPS Beija Flor): Para adultos com transtornos mentais.
    • CAPSi (Infantojuvenil, como o Água Viva e o Cativar): Especializados no atendimento de crianças e adolescentes. Estes centros são “porta aberta”, oferecendo acolhimento, acompanhamento multiprofissional e atividades terapêuticas.
  • Atenção Primária à Saúde (APS): As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Saúde da Família (CSF) são a porta de entrada preferencial do SUS e desempenham um papel crucial na identificação precoce de problemas de saúde mental, no manejo de casos leves e moderados, na promoção da saúde mental e no encaminhamento para serviços especializados.

  • Clínicas-Escola Universitárias: Como um importante centro educacional, Goiânia se beneficia da contribuição de diversas clínicas-escola de psicologia mantidas por instituições de ensino superior. A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA), a UNIVERSO, a UNIP, a Faculdade Estácio, entre outras, oferecem atendimento psicológico gratuito ou a custos sociais para a comunidade, ampliando o acesso e contribuindo para a formação de novos profissionais.

  • Serviços Especializados e de Urgência: O Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc é uma referência para atendimento de urgências e emergências psiquiátricas 24 horas. O Ambulatório Municipal de Psiquiatria oferece acompanhamento para casos específicos.

  • Centros de Convivência e Reabilitação Psicossocial: Espaços como o Centro de Convivência Cuca Fresca promovem a sociabilidade, a expressão artística e a reinserção social de usuários dos serviços de saúde mental.

  • Apoio da Sociedade Civil e Iniciativas Voluntárias: Organizações como o Centro de Valorização da Vida (CVV), através do telefone 188, oferecem apoio emocional fundamental. A Rede de Apoio do Instituto Federal de Goiás (IFG) também contribui com serviços para sua comunidade e encaminhamentos.

Desafios no Caminho do Bem-Estar Psíquico:

Apesar da existência de uma rede estruturada, a garantia de um cuidado em saúde mental universal, equitativo e de qualidade em Goiânia enfrenta desafios significativos:

  • Acesso, Equidade e a Demanda Crescente: A grande extensão territorial de Goiânia, o crescimento populacional e a concentração de alguns serviços podem dificultar o acesso para moradores de regiões mais periféricas ou com dificuldades de mobilidade. A demanda por serviços de saúde mental é crescente e, muitas vezes, superior à capacidade de atendimento, resultando em filas de espera.
  • Estigma e Barreiras Socioculturais: O preconceito em relação aos transtornos mentais e à busca por ajuda profissional ainda é uma barreira importante. Em uma sociedade com fortes raízes tradicionais, o estigma pode ser ainda mais acentuado, levando ao isolamento e ao agravamento de quadros clínicos.
  • Impactos Socioeconômicos e as Pressões da Vida Urbana: A desigualdade social, o desemprego, a violência urbana, as pressões por desempenho e consumo, e a dificuldade de acesso a moradia e outros direitos básicos são fatores de risco que impactam negativamente a saúde mental da população.
  • Recursos e a Sustentabilidade da Rede: A garantia de financiamento adequado para a manutenção, expansão e qualificação contínua da RAPS, bem como a valorização e a contratação de profissionais em número suficiente (psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros), são desafios permanentes para a gestão pública.
  • Questões Específicas: O legado psicossocial do acidente com o Césio-137, embora abordado por programas específicos, ainda pode ecoar na saúde mental de famílias e da comunidade. O uso problemático de álcool e outras drogas é uma questão de saúde pública com forte impacto. A saúde mental no contexto do agronegócio e as pressões sobre trabalhadores rurais e suas famílias também merecem atenção.

Avanços e Perspectivas: Fortalecendo o Cuidado à Mente em Goiás:

Goiânia tem demonstrado um compromisso com a melhoria dos serviços de saúde mental, com diversas iniciativas e um potencial de avanço significativo:

  • Políticas Públicas e Programas Municipais e Estaduais: Esforços contínuos por parte das gestões públicas buscam fortalecer a RAPS, ampliar o acesso aos serviços, qualificar o atendimento e promover a desinstitucionalização, alinhados com os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
  • O Protagonismo da Academia: As universidades locais desempenham um papel crucial não apenas na oferta de serviços à comunidade, mas também na formação de profissionais qualificados, na produção de conhecimento científico relevante para a realidade local e no desenvolvimento de projetos de extensão que levam cuidado e informação a diversas populações.
  • Conscientização, Educação em Saúde e a Luta Antimanicomial: Campanhas como o “Janeiro Branco” (dedicado à conscientização sobre a saúde mental) e o “Setembro Amarelo” (prevenção ao suicídio), juntamente com os movimentos sociais em defesa da luta antimanicomial, ganham cada vez mais espaço na cidade, promovendo o debate público, combatendo o estigma e incentivando a busca por ajuda.
  • A Busca por um Cuidado Humanizado, Territorial e Intersetorial: Há um reconhecimento crescente da importância de um cuidado em saúde mental que seja humanizado, centrado nas necessidades e na autonomia do indivíduo, que valorize o vínculo terapêutico e que seja articulado com outras políticas setoriais (assistência social, educação, cultura, esporte, trabalho e renda) para abordar os determinantes sociais do sofrimento psíquico.

Goiânia, Resiliência e o Florescer da Saúde Mental

Goiânia, a cidade que nasceu do planejamento e se tornou um polo de efervescência cultural e econômica, carrega em sua história e em seu presente a marca da resiliência. Da superação do trauma do Césio-137 à constante adaptação ao crescimento urbano, a capital goiana demonstra uma capacidade de se reinventar e de buscar soluções para seus desafios. No campo da saúde mental, essa resiliência se traduz no esforço contínuo para construir uma rede de cuidados mais forte, acessível e humanizada.

Cuidar da saúde mental dos goianienses é investir no futuro de uma cidade que se orgulha de seus parques, de sua arquitetura e da alegria de seu povo. É reconhecer que o bem-estar psíquico é tão fundamental quanto a infraestrutura urbana e o desenvolvimento econômico. Ao fortalecer suas políticas públicas, valorizar seus profissionais, combater o estigma e promover uma cultura de cuidado e empatia, Goiânia pode continuar a florescer, não apenas como a “Capital Verde” ou o berço do Art Déco, mas como um lugar onde cada cidadão encontra espaço e apoio para cultivar sua saúde mental e viver com plenitude.